A causa da crise que vivemos foi o desequilíbrio na maior economia do mundo, os Estados Unidos com os ataques de 11 de setembro que contribuirão para isso e para piorar a situação, ao mesmo tempo em que o país investia dinheiro na guerra, a economia interna já não ia bem; Uma das razões é que os Estados Unidos estavam importando mais do que exportando ao em vez de conter os gastos, nessa altura os americanos receberam ajuda de países como da China e Inglaterra; Com o dinheiro injetado pelo exterior, os bancos passaram a oferecer mais crédito, inclusive a clientes considerados de risco e se aproveitando da grande oferta com uma baixas taxas de juros, os consumidores compraram muito, principalmente imóveis, que começaram a se valorizar nesse momento, faltou dinheiro aos bancos, que em um primeiro momento foram ajudados pelo governo americano sendo que, ao mesmo tempo, surgiram críticas a essa política de socorro aos banqueiros pois o governo americano segue a uma política neoliberal, frente à pressão política, a Casa Branca decidiu que não ia mais interferir, deixando muitos bancos quebrarem.
A crise, Também prejudicou o nosso país. "Sem crédito internacional, também diminui o crédito no Brasil, caem as exportações e o preço das nossas mercadorias aumenta o risco e a taxa de juros", explica Simão Davi Silber, professor do departamento de economia da Universidade de São Paulo (USP)
A crise financeira de 2008 foi um desastre que poderia ter sido evitado e, no entanto, foi provocado por vários erros de regulamentação do governo, pela má administração das empresas e pela insensata avidez do risco de Wall Street, segundo as conclusões de um inquérito federal.
A comissão governamental que investigou a crise financeira lança uma série de acusações e critica energicamente duas administrações, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) e outras agências reguladoras que permitiram uma mistura calamitosa: a concessão descuidada de empréstimos hipotecários, a excessiva combinação de instrumentos financeiros e as vendas de empréstimos a investidores, além das apostas arriscadas com títulos respaldados pelos empréstimos.
NO BRASIL
A crise financeira no mercado de ações agrava a instabilidade global que e presente na economia internacional. Mais uma vez, os Estados Unidos frearam a ajuda
dos países vizinhos, para impor as suas regras através do Fundo Monetário
Internacional (FMI). Já no início de 2007 surgiam os primeiros sinais dessa
crise aguda no país, o que não demorou muito a acontecer. A crise estava aí
e não demorou muito para que seus efeitos fossem sentidos no mundo inteiro.
O declínio de 0,2% do PIB(Produto Interno Bruto) brasileiro no ano passado foi indicativo da
força de uma economia que a apesar de ter acionado poucos mecanismos contro o ciclo econômico que relativamente a outros países, evitou uma recessão mais
profunda. Na base do êxito do Brasil em lidar com a maior crise desde a
grande depressão de 1929 estão a remoção da vulnerabilidade externa
mediante a acumulação de reservas que às vésperas da crise chegavam a
quase US$ 200 bilhões, a maior solidez das contas públicas e do
endividamento do setor público e a contaminação zero das instituições
financeiras do país com os ativos "tóxicos" que notabilizaram o boom
financeiro internacional e que sofreriam forte desvalorização com a
cris.
"As primeiras reações do governo brasileiro frente à crise financeira nos
Estados Unidos foram de otimismo, sustentado pelo argumento de que o
Brasil, diferentemente do que ocorreu no passado, está alicerçado em
sólidos fundamentos macroeconômicos. Mesmo recentemente, quando a
bancarrota do mercado imobiliário se mostrou profunda e poderosos bancos
chegaram perto da quebra, bem como a desaceleração econômica expôs a
tendência recessiva mundial, economistas influentes de dentro e de fora
do governo afirmavam que a crise estava piorando, mas que o Brasil se
saía bem e era capaz de resistir aos impactos negativos."